quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MISERERE

No jardim molhado,
os pés no gramado,
falando sozinha
ela decidia
(olhando pra chuva
que forte chovia)
No asfalto encharcado,
vestido colado,
cabelo enroscado
andava sombria
(olhando pra chuva
que forte chovia)
No peito da ponte
ergueu-se e pulou,
de braços abertos,
tão frágil e vazia
não mais viu a chuva
que forte chovia.

Maria do Mundo.


Um comentário:

  1. Bem, ouvi certa vez uma historia de uma senhora que, querendo saber a força da correnteza criada pela chuva de uma certa cidade do interior, saiu rolando vários quarteirões debaixo da água....mmmm....talvez, apenas talvez, tal poema tenha se originado de tão mirabolante façanha?? Adorei esta também! Bjs

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